segunda-feira, 11 de março de 2013

PNEUMATOLOGIA - DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO. PARTE 1


Paz do Senhor Queridos!

Amados irmãos, algo neste últimos dias tem de sobre maneira muito me preocupado, pois a escassez da operação do Espirito Santo no meio de sua igreja e consideravelmente notada. O que está escrito na palavra de Deus e, por se multiplicar a iniquidade  o amor de muitos esfriará." (Mateus 24:12) se cumpre em sua totalidade, não vemos mais curas divinas, batismos no Espirito Santo, Milagres e operações de maravilhas e isto é preocupante. Será que o Senhor deixou de operar estas coisas ou o povo não conhece o Espirito Santo como deve ser conhecido? Com base nesta pergunta estaremos postando um estudo sobre Pneumatologia - que é o estudo sobre o Espirito Santo. Espero que os irmãos aproveite este estudo e que o Espirito Santo continue iluminando e operando em nossas vidas. Amados este estudo é extraído da Teologia Sistemática Pentecostal editado pela CPAD e o capitulo sobre pneumatologia e escrito pelo Pastor  Antonio Gilberto.

Queridos Hoje trataremos sobre 3 temas:

-INTRODUÇÃO A PNEUMATOLOGIA
-A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO
-Os ATRIBUTOS DIVINOS DO ESPÍRITO SANTO


INTRODUÇÃO A PNEUMATOLOGIA

Pneumatologia é a doutrina do Espírito Santo quanto a sua deidade, seus atributos, obras e operações. O termo vem de pneuma (gr. “o ar”, “o vento”), cognato do verbo pnéo, “respirar”, “soprar”, “inspirar”. Significa, na Bíblia, principalmente o espírito humano, que, como o vento, é invisível, !material, dinâmico, potente. Mas pneuma (hb. nutch) diz respeito também ao Espírito de Deus, a terceira Pessoa da Trindade.
Quanto aos atos e operações do Espírito Santo no Novo Testamento, na igreja, como o Parácleto divino prometido pelo Pai, bem como prometido e enviado pelo Filbo, essa parte da doutrina da Pneumatologia é comumente denominada Paracletologia.
Para o crente e a igreja, a doutrina do Espírito Santo é altamente prioritária e indispensável, uma vez que o próprio título “Espírito Santo” denota regeneração, recriação, vivificação, dinamismo, espiritualidade (Jo 6.63; 3.6b; Tt 3.5). O mesmo título denota santidade, santificação (“Santo”).

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

Acerquemo-nos deste sublime assunto com reverência, santo temor e oração, tendo em mente que se trata de um assunto assaz difícil, haja vista o Espírito Santo não falar de si mesmo (Jo 16.13). O eterno Deus, o Pai, revela muito de si mesmo nas Páginas Sagradas; de igual modo, o Filho. Mas o divino Con- solador, não. Daí tratar-se este assunto de um insondável mistério, do qual devemos nos acercar primeiramente pela fé em Cristo (Rm 3.27).
A terceira Pessoa da Trindade não aparece com nomes revelados, como o Pai e o Filho, e sim com títulos descritivos das suas natureza e missão no mundo, entre os homens, bem como através de seus atos realizados. “Espírito Santo” não é rigorosamente um nome como apelativo, e sim um título descritivo da sua natureza (Espírito) e da sua missão principal (Santo), a de santificar-nos nesta dispensação.
Ele habita nos servos do Senhor Jesus. As suas operações, portanto, são mvisí- veis, nas profundezas do nosso interior. Todos esses fatos mencionados tomam o estudo sobre o Espírito Santo muito difícil, cabendo aqui a pergunta: “Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso?” (Jó
11.7).
O Espírito Santo, como Deus, age de maneira multiforme. Em I Coríntios 2.4-12, o Espírito de Deus é mencionado de modo enfático como devendo ter toda primazia em nossas vidas, em nosso meio e em nosso trabalho. O espírito do homem, mencionado no versículo II, só entende as coisas humanas, terrenas, naturais (Pv 20.27; 27.19; Jr 17.9). Nossa santificação deve, pois, prevalecer em nosso espírito, e daí abranger alma e corpo (I Ts 5.23).
Na primeira passagem em apreço, o “espírito do mundo” também é mencionado (v. 12), o qual é pecaminoso e nocivo ao cristão. O aviso sobre isso, na Palavra de Deus, é enfático e claro (I Jo 2.15-17; 5.19; Jo 14.30; 17.14,16).
Seis diferentes “coisas” aparecem na passagem de I Coríntios 2.9-16: (I) as que Deus preparou para os que o amam (v.9); (2) as das profundezas de Deus (v. 10); (3) as do homem (v.I I); (4) as de Deus (v.I I); (5) as espirituais (v. 13); e (6) as do Espírito de Deus (v. 14). Uma dessas “coisas” alude à esfera humana; as demais são da parte de Deus. Isso denota a sua multiforme ação.
Ainda tomando como base o texto de I Coríntios 2.4-14, vemos que o Espírito Santo é mencionado juntamente com o Senhor Deus (vv.5,7,9-12,14) e o Senhor Jesus Cristo (v.8; também os vv.2,I6), o que já denota a divindade do Espírito Santo. Essa sublime verdade da Trindade Santa vê-se também através da Bíblia em muitas outras passagens, como I Coríntios 12.4-6.

OS ATRIBUTOS DIVINOS DO ESPÍRITO SANTO

Onipotência. O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas (SI
104.30). O Espírito Santo tem poder próprio. Ê dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (SI 104.30; Ef 3.16; At 1.8). Isso é uma evidência da deidade do Espírito Santo. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento.
Em I Coríntios 2.4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por “demonstração do Espírito Santo”, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo. E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convin- cente do Espírito, cujos efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (I Co 2.4,5).
Era nítido o contraste entre a ação poderosa do Espírito e os métodos secos e repetitivos dos mestres e filósofos gregos da época, que tentavam convencer e conseguir admiradores e discípulos mediante demonstrações encenadas de re- tórica, dialética e argumentação filosófica; isto é, “sabedoria dos homens” (v.5). Que diferença faz o evangelho de poder do Senhor Jesus Cristo, o qual “é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê” (Rm 1. 16)1
Paulo reconhecia que os mestres gregos o superavam em capacidade acadêmica e humana (2 Co 10.10; 11.6). Mas a sabedoria, a oratória e a argumentação filosófica deles era tão-somente um espetáculo teatral, vazio, que atingia apenas os sentidos dos espectadores. No apóstolo Paulo, ao contrário, operava, nesse sentido, o poder de Deus (I Co 2.4,5; Cl 1.29; I Ts 1.5; 2 Co 13.10).
O poder do Espírito Santo, que evidencia a sua deidade, é também revelado em passagens como Lucas 1.35, Jó 26.13 e 33.4, Salmos 33.6 e Gênesis 1.1,2. Esse divino poder, como já afirmamos, é liberado através da pregação do evangelho de Cristo:

1) Na conversão dos ouvintes (At 2.37,38).

2) No batismo com o Espírito Santo para os novos crentes (At 10.44).

3) Na expulsão de espíritos malignos (At 8.6,7; Lc 11.20).

4) Na cura divina dos enfermos (At 3.6-8).

5) Na obediência dos crentes ao Senhor (Rm 16.19).


Onisciência. Esta é mais uma evidência da deidade do Espírito Santo, o qual sabe e conhece todas as coisas (I Co 2.10,11). Isso é um fato solene, mormente se considerarmos que Ele habita em nós: “habita convosco, e estará em vós” (Jo 14.17). A primeira parte dessa declaração de Jesus indica a permanência do Es- pírito Santo em nós (“habita convosco”); e a segunda, a sua presença constante dentro de nós (“e estará em vós”).
Alguém pode habitar numa casa e não estar presente nela em determinada ocasião. Porém, o Espírito Santo quer estar sempre presente no crente, como uma das maravilhas dessa “tão grande salvação” (Hb 2.3).
Aos que amam a Deus, o Espírito Santo revela as infinitas e indizíveis bênçãos preparadas para os salvos, já nesta vida, e muito mais na outra (I Co 2.9,10). O profeta Isaías, pelo Espírito, profetizou essas maravilhas (64.4; 52.15). Os demais profetas do Antigo Testamento também tiveram a revelação divina dessas coisas miríficas que os santos desfrutarão na glória (I Pe I.10-12). O Espírito também revelou aos escritores do Novo Testamento essas maravilhas consola- doras, inclusive a Paulo (I Co 2.10).
Ele é o nosso divino Mestre na presente dispensação da Igreja (I Co 2.13), como já estava predito em Provérbios 1.23. Concernente a esta missão do Espírito Santo, Jesus declarou: “Esse vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26). O texto de Lucas 12.12 também é bastante elucidativo quanto a mais esta ação do Espírito na igreja.

Onipresença. O Espírito Santo está presente em todo lugar (SI 139.7-10; I Co 2.10). Atentemos para duas ênfases contidas nesses textos que evidenciam a onipresença do Espírito: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face?” e “O Espírito penetra todas as coisas, amda as profun- dezas de Deus”.
Eternidade. Ele é infinito em existência; sem princípio; sem fim; sem limitação de tempo (Hb 9.14). Ele estava presente no princípio, quando todas as coisas foram criadas (Gn 1.1,2).
Outros atributos. O Espírito de Deus é denominado Senhor (2 Co 3.16-18); é descrito como Criador (Jó 26.13; 33.4; SI 33.4; 104.3; Gn 1.1,2; Ez 37.9,10); e é classificado e mencionado juntamente com o Pai e o Filho, o que, claramente, é uma grande evidência da sua divindade.

1) Na fórmula doutrinária do batismo nas águas (Mt 28.19). Aqui a Bíblia não diz “nos nomes”, como se as três Pessoas da santíssima Trindade fossem uma só, mas “em nome” — singular —, distinguindo cada Pessoa existente em Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

2) Na invocação da bênção tríplice sobre a igreja (2 Co 13.13).

3) Na doutrina da habitação do Espírito Santo no crente (Rm 8.9).


4) Na descrição bíblica do estado do crente diante de Deus (I Pe 1.2).

5) Nas diretrizes ao povo de Deus (Jd vv.20,2I). Aqui o Espírito Santo é mencionado primeiro; em seguida, o Pai; por fim, o Filho.

6) Na doutrina da unidade da fé cristã (Ef 4.4-6). Aqui também o Espírito é mencionado em primeiro lugar, seguido do Senhor Jesus e de Deus, o Pai.

7) Na saudação bíblica às sete igrejas da Asia (Ap 1.4,5).

Teologia Sistemática Pentecostal
Antonio Gilbertoeditor-geral desta obra; consultor teológico e doutrinário da CPAD; editor da Bíblia de Estudo Pentecostal (Edição Brasileira); comentador das Lições Bíblicas; fundador do CAPED- Curso para Aperfeiçoamento de Professores de Escola Dominical; pastor, conferencista e articu- lista; autor de A Bíblia através dos Séculos, O Calendário da Profecia, Manual de Escola Dominical e outros.




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